31 dezembro 2007

Bom 2008!


Desejo um excelente ano novo a todo/as!

30 dezembro 2007

Isto é mau demais para ser verdade!



Estes dois "tripeiros" dos Super Dragões cantam uma música de homenagem ao líder da claque, o famoso Fernando Madureira - também conhecido como Macaco Líder -, um criminoso que não se percebe como ainda não foi preso. Aliás, até costuma passear-se de Porsche, comprado com o dinheirinho da drog..., perdão do seu belo emprego no FC Porto. Mas vejam o vídeo que é tão mau que se torna bom. Será que estes dois imberbes vão ser futuros Pidás?
PS: E a Ribeira é uma favela? Quando lá fui não me apercebi disso. Até porque em Portugal já nem há bairros de lata, mas enfim... se os portuenses gostariam de ser terceiro mundo... é lá com eles!

PS: Entretanto o vídeo foi retirado do youtube, mas em cima pus a bela música dos Ultras Ribeira, pertencentes aos Super Dragões. Será que a PJ já anda à procura desta gente?

E também cantada por benfiquistas...


Aqui, estes dois benfiquistas quase se partem a rir com o ridículo da canção. É que isto... só se for mesmo para gozar, de tão mau que é.

22 dezembro 2007

Boas Festas!


Mais um ano que passo o Natal em Tomar, com toda a família mais próxima do lado materno. São poucas as vezes por ano em que estamos todos juntos e é mais uma oportunidade para recontar dezenas de histórias do passado e outros natais em que já fomos mais. É a grande festa da família, felizmente com carácter religioso diminuto. Celebramos sobretudo as pessoas que sempre estiveram lá nos momentos mais importantes e a quem estamos ligados por sangue. Que um homem de nome Jesus Cristo seja relembrado nesta época, é completamente irrelevante, até porque de acordo com investigadores históricos, esse homem até terá nascido no Verão. Celebrem a família e que passem um excelente Natal. Ho, ho, ho, como diz o velhote de barbas.

09 dezembro 2007

Natal de Lisboa


Devemos ser das capitais europeias que mais gasta em iluminações de Natal. À falta de neve e muito frio, resta-nos o frio moderado, as nossas tradições festivas e as iluminações das ruas de Lisboa, que batem aos pontos as que tenho visto por esse mundo fora...

02 dezembro 2007

A viagem ao Rio





1º DIA
Na segunda-feira de manhã estava de directa quando fui para o Aeroporto de Lisboa. Antes passei pelo DN porque não me tinham entregue o carregador do telemóvel do trabalho. Ainda sem grande sono lá encontrei os colegas que iam comigo para o Rio de Janeiro e fizemos o check-in. Uma colega do Porto, que se viria a revelar uma das mais divertidas, ficou ao meu lado no avião, mais outra que já conhecia porque tinha passado pelo DN. Nas 10 horas de voo ainda consegui dormir umas quatro, o que não foi nada mau. A vontade de fumar é que era muita... O voo da TAP correu lindamente e chegámos entusiasmados ao Rio. Primeiro impacto: o Aeroporto António Carlos Jobim é muito cinzento e antiquado, mas prático. À saída encontrei a minha prima que lá vive (a minha avó era irmã da mãe dela). Adorei vê-la, o que já não fazia há sete anos, a última vez que veio a Portugal. É um amor de pessoa e comoveu-me que tenha ido ao aeroporto ver-me e conversar um pouco comigo. Infelizmente já não pude estar mais com ela nestes dias porque saí sempre tarde do centro de produções da Globo. Depois fomos todos para a carrinha da TV Globo, que iria estar ao nosso serviço até nos irmos embora. Metemo-nos todos lá dentro e já estava a escurecer. Durante a viagem até ao Hotel na Barra da Tijuca, deu para perceber que passámos por vários bairros maus e por favelas... Confesso que foi emocionante estar a ver aquilo tudo e a sentir aquele calor, depois de 10 horas de viagem. Fiquei impressionado como o condutor guiava e como os outros carros circulavam pela cidade. É uma aventura. Passado mais de meia hora, talvez um 40 minutos, chegámos ao hotel. Ok, era um 4 estrelas, mas em Portugal se lhe dessem 3, já não seria mau. Era um hotal antiquado e vários colegas tiveram problemas, desde falta de limpeza, retretes entupidas, falta de secadores para o cabelo... Enfim, o hotel era pouco mais que aceitável. Já agora fica o aviso: Se forem ao Rio de Janeiro não fiquem no Royalty Barra Hotel! Contudo, era mesmo em frente à praia e tinha uma vista fantástica. Pusemos as malas nos quartos e despachámo-nos para ir jantar. Fomos a um restaurante que já não me lembro o nome, onde comemos a primeira picanha. Era uma delícia. Atrás de nós estava um televisor que estava ligado na Globo e a dar a telenovela Duas Caras. O jantar foi fantástico e num ambiente de grande galhofa entre todos. Era sinal que depois desta viagem ia ficar entre nós algo mais do que companheirismo de colegas. Depois do jantar voltámos para o hotel e ainda ficámos na conversa um bom bocado antes de irmos dormir. Quando cheguei ao quarto liguei o telemóvel ao carregador e o carregador a uma tomada. Surpresa: Aquela porcaria não carregava e só conseguia falar ao telemóvel com o carregador ligado à tomada. É que a electricidade no Brasil tem pouco mais de 100 volts e na Europa tem mais de 200 volts... No dia seguinte quando explico isto a uma funcionária da Globo a resposta é: "Que chique!"

2º DIA

Acordámos cedo porque estava previsto irmos para o Projac (Projecto Jacarepaguá) ou se preferirem Central Globo de Produção, mas a assessora da Globo avisou depois que só era necessário estarmos lá depois do almoço. Aproveitámos e fomos para o Barra Shopping, um dos melhores centros comerciais do Rio de Janeiro. Quando vi o logótipo nem queria acreditar: era igual ao do CascaiShopping. Lá dentro aproveitei para ver a Fnac, que tem a particularidade de ter imensa música brasileira e imensas revistas do Tio Patinhas e da Mónica (Em Portugal já é raríssimo encontrá-las). Depois fui a uma loja de surf ver uns calções de banho. Apareceu logo um empregado a perguntar se eu precisava de ajuda. Eu disse que só estava a ver e ele: "Você é português? Respondi afirmativamente e vai ele: "Cara, que bom! Eu vivi um ano em Cascais, mas lá faz muito frio e voltei ao Rio. Me chamo Eduardo e você?". E eu disse o meu nome. "Cara, se precisar de ajuda é só chamar..." Eu disse "ok, obrigado", vi mais uns calções e não comprei nenhum porque também não eram lá muito baratos... Almoçámos no centro comercial e depois metemo-nos na carrinha. Mais uma meia hora e cegavamos ao centro de produções da Globo. Aquilo é uma mistura de Hollywood com Disneylândia. Deve ser o sítio do Brasil com maior profissionalismo e tem o encanto de estarmos sempre a esbarrar com actores que tão bem conhecemos das telenovelas que passaram na RTP e que passam na SIC. Para se ter uma ideia, aquilo tem uma área correspondente a 200 campos de futebol. Tem imensos estúdios, fábrica onde cosntroem os cenários interiores e exteriores, cidades cenográficas, restaurantes, escritórios, central eléctrica e um enorme parque onde até existem pequenos macacos. é difícil descrever aquilo, mas é gigantesco, limpo e organizado. Visitámos aquilo tudo nuns carros movidos a electricidade. Fomos ao local onde se constroem os cenários interiores, ao local da reciclagem de madeira, ao arquivo de guarda-roupa, que tem milhares de roupas, sapatos, chapéus... Fomos depois para uma sala ver um filme promocional da Globo. Aquilo é uma pequena Suiça tropical. Nessa tarde choveu, mas fomos ver as gravações de uma cena com António Fagundes na cidade cenográfica que reconstitui uma favela. É impressionante como conseguem construir uma favela com tanta exactidão. Nenhum pormenor é deixado ao acaso. E depois, ver Fagundes a gravar é fantástico. O homem é tão bom actor que nem precisa de repetir os diálogos. Faz tudo à primeira. Estava já eu a escrever um texto na tal falsa favela quando começou a chover. Saí dali e no final fizemos a entrevista ao António Fagundes. Ele foi simpatiquíssimo. Depois fomos para a sala de imprensa para escrever os textos. Eu e mais duas colegas eramos os únicos com pressa porque tínhamos de mandar um texto ainda antes do final da tarde para Lisboa. O fotógrafo da SIC passou-me duas ou três fotos e lá acabei o texto, que enviei de um computador da Globo. Este stress já não iria acontecer mais. Passaria a escrever todas as noites, já de madrugada. Depois de passarmos pelo hotel, fomos jantar ao Porcão. Comi carnes óptimas e aí bebi uma caipirinha. Já completamente enfadado voltámos à Barra da Tijuca. Em frente ao hotel havia uma esplanada na praia e estivemos aí a beber umas cervejas. Voltei ao hotel e mandei outro texto, agora sobre o António Fagundes para que no dia seguinte o DN pudesse pô-lo em página. Às 5 e tal da manhã adormeci.

3º DIA
Não acordei muito cedo porque só precisavamos de estar no centro de produções da Globo por volta das 13 horas. Almoçámos lá num fast-food (Bob's) de hamburgueres. Eramos 12 e pedimos tudo de uma vez... Estavam três empregadas, uma ia anotando o pedido e as outras duas ficaram a olhar. Resultado: Demoraram mais de meia hora até que tivessemos os hamburgueres na mão e baralharam-se de tal forma que vieram imensas coisas trocadas. Aí percebi que a famosa lentidão brasileira não existe apenas nos empregados que imigraram para o nosso país. Lá funcionam da mesma maneira. Este foi o dia em que entrevistámos mais actores, tanto da telenovela Duas Caras como de outra que ainda não estreou em Portugal: Desejo Proibido. Ficámos fechados numas salas onde iam passando actores e lá conversámos com Flávia Alessandra, Eva Wilma, Susana Vieira... e muitas outras e outros. No final visitámos os estúdios por dentro. Nessa noite fomos jantar a Ipanema, ao restaurante Vinicius. Aquilo tem um andar de cima e outro em baixo, mas com entradas diferentes. O andar de cima tem música ao vivo e nós lá subimos. Contudo, aquilo era escuro, não dava para conversar e não se podia fumar. Pegámos em nós e fomos para o andar de baixo. Foi a risada geral pelo mau aspecto, mas não nos importámos nada. Estava dar o Vasco da Gama-Corinthians em directo e vimos o Vasco ganhar por 1-0. Falámos imenso e comi a melhor picanha da minha vida. Fabuloso! Depois de jantar ainda demos uma volta por Ipanema. Depis foi voltar ao hotel e eu lá escrevi mais um texto.

4º DIA
Às 13 horas e tal já estavamos no centro de produções da Globo. Almoçámos por lá, mas já não fomos aos hamburgueres do Bob's. Não queriamos perder uma hora para comer como no dia anterior. A seguir ao almoço tivemos de pôr uns coletes de imprensa porque iriamos estar também com colegas brasileiros. Até lá, tivemos o privilégio de poder andar por todo o lado e sem restrições. Já com os jornalistas brasileiros a Globo é mais rigorosa. Iamos ver um casamento na cidade cenográfica da telenovela Desejo Proibido. Foi muito giro. A cidade é a reprodução de uma grande praça dos anos 30 com igreja e tudo. Todos os edifícios são feitos de madeira, apesar de parecerem ser de pedra. Fabuloso! E nós, que pensavamos que os jornalistas brasileiros iriam dominar as entrevistas... mal os actores perceberam que estavam jornalistas portugueses, só queriam falar connosco. Os brasileiros ficaram furiosos! A seguir ainda fomos ver umas filmagens numa universidade cenográfica, mas já estavamos mortos e não falámos com ninguém. Ainda ficámos à espera do protagonista da telenovela Duas Caras, o Dalton Vigh, mas o homem não quis falar na altura e desistimos. Despedimo-nos da muito querida e incansável assessora da Globo e fomos jantar perto do hotel. Fomos a uma pizzaria. Aí também percebemos que os empregados brasileiros são lentos... Depois do jantar fomos à feirinha em Copacabana. Bom... nem sei como descrever ao que assisti nessa noite, mas cá vai. Na feira, que fica no famoso calçadão, comprei hawaianas para a minha mãe. Aquilo tem de tudo, produtos típicos, t-shirts, telas, pedras semi-preciosas... De repente uma colega nossa ficou sozinha e apareceram logo montes de crianças a rondá-la. A rapariga ficou tão nervosa que até lhe vieram as lágrimas aos olhos. Perceboemos todos que aquilo é perigoso e que ao mínimo deslize podem acontecer coisas menos boas. Depois fui comprar uma cerveja com o fotógrafo da SIC, mesmo junto à praia. Quando voltámos ao outro lado da avenida, encontrámos uma esplanada. E o que vimos? Dezenas e dezenas de prostitutas que rondavam a esplanada e as mesas dos turistas, a perguntar se se podiam sentar. Algumas sentaram-se e uma delas até tirou um dildo que colocou no sítio onde estão a pensar. Depois retirou-o e levou-o à boca... E os italianos podres de bêbedos olhavam para aqulo tudo agarrados às gajas. Depois beijaram-se. Enfim, as tipas eram horrorosas, saídas das piores favelas do Rio. Duas colegas nossas assistiram aquilo tudo rindo-se imenso. Os empregados da esplanada, habituadíssimos àquelas cenas comprtavam-se como se estivessem num hotel de 5 estrelas. Nunca tinha visto tal coisa. Foi surreal! Imaginem uma esplanada em Lisboa, tipo a do Café Brasileira, e isto acontecia... Enfim... Aquilo é mesmo outro mundo. Nessa noite escrevi outro texto para o DN e deitei-me depois das 5 da manhã.

5º DIA
Acordámos cedo porque queriamos visitar a cidade de dia. Vimos as favelas de dia, que são uma coisa impressionante, tal é o tamanho daquilo, passámos pela lagoa e fomos directos ao eléctrico que sobe até ao topo do Corcovado, onde está o Cristo Redentor. A viagem demora vinte minutos e vê-se aquele fantástico parque tropical da Tijuca. Já lá em cima subimos um elevador até ao Cristo. Bem... a vista é de cortar a respiração. Vê-se o Rio de Janeiro de uma ponta à outra: as praias, o Pão de Açúcar, a catedral, o porto, o Maracanã, a lagoa e até a árvore de Natal gigante. Penso que é impossível haver um lugar mais bonito que aquele em termos de beleza natural. Esta vista por si só vale a viagem. Lá em cima também estava a claque do Fluminense ao berros com músicas lá do clube de futebol. Depois descemos e fomos a Ipanema para as compras. Aí deu mais para ver que tipo de pessoas anda na rua, num sítio considerado bom. De facto, vê-se gente mais normal, mas a maioria veste muito mal e tem mau aspecto... Comprei três hawaianas e dei umas voltas por aquelas ruas. É das zonas mais giras da cidade, mas impressiona ver todos os prédios com grades na entrada. As ruas têm o passeio, depois grades, que as dividem dos prédios. Os brasileros costumam dizer: "as pessoas vivem na prisão e os ladrões vivem em liberdade". Achei uma bela definição. Depois das compras voltámos ao hotel para ir apanhar o avião ao aeroporto. Para azar nosso, a carrinha da Globo que iria levar as nossas malas para o aeroporto não chegou. Tivemos de nos meter na outra carrinha que já estava connosco e pedir um táxi. Pensámos que iamos perder o avião, mas correu tudo bem. Ainda deu tempo para fazer mais umas últimas compras no freeshop. Aproveitei para comprar um cd com músicas de Tom Jobim em versão sinfónica. E lá nos metemos no avião da TAP. Desta vez a comida foi péssima, mas aproveitei a maior parte do tempo para dormir. Quando cheguei a Lisboa achei a cidade hiper-civilizada! Como tudo pode ser relativo... Mas gostei muito de conhecer a mais bela urbe da nossa antiga colónia. Um dia voltarei com mais tempo. Espero eu.

Balanço


Voltei ontem do Rio de Janeiro e posso dizer que gostei sem ter ficado deslumbrado. Como em todas as cidades do mundo tem coisas boas e más, mas diria que era incapaz de lá viver mais do que um ano. As diferenças com a Europa são abissais, apesar de ter algumas coisas comuns a Portugal.

Vamos então aos pontos positivos:
1. As pessoas são, em geral, muito simpáticas, acolhedoras e bem dispostas.
2. O Rio de Janeiro tem a mais bela paisagem urbana do mundo: a vista do Corcovado.
3. Come-se maravilhosamente. A carne é do melhor que já provei em toda a minha vida e os acompanhamentos são divinais. Tem sumos naturais fabulosos.
4. É uma cidade muito verde e nada claustrofóbica, onde nos sentimos bem.
5. As pessoas parecem ter um estilo de vida saudável.

Pontos negativos:
1. A arquitectura denuncia a cada esquina que estamos num país do terceiro mundo.
2. As favelas são gigantescas.
3. As pessoas vestem-se mal e são, em geral, feias.
4. Conduzem mal e não respeitam os semáforos durante a noite.
5. Achei o atendimento muito lento para os nossos parâmetros.
6. As ruas são um pouco sujas.
7. O parque automóvel é mau.
8. Há imensas crianças no meio das vias a vender coisas.
9. Existe, de facto, um sentimenro de insegurança grande.
10. A prostituição está visível nos locais mais improváveis.