27 julho 2008

Já tenho bina


Pois é, prometi há uns tempos aqui neste meu blogue que iria comprar uma bicicleta e assim foi. Já a tenho e amanhã vou começar a reaprender a andar numa no Jardim da Estrela, para evitar azares e azelhices. Se tudo correr bem começarei a ir de bicicleta para o trabalho já no próximo fim-de-semana, quando acabarem as férias. Só espero que haja cada vez mais pessoas a fazer o mesmo e "obrigar" quem governa as cidades a darem mais condições aos ciclistas. Bem sei que Lisboa não é muito propícia a pedaladas, mas isso não é desculpa para continuarmos a usar os carros para tudo e a toda a hora. Claro que uma bicicleta não substitui um automóvel, mas para quem mora na cidade é uma excelente alternativa para percursos internos e relativamente curtos. Experimentem também e façam de Lisboa uma cidade ciclável, mais amiga do ambiente e mais moderna.

PS: A bicicleta da foto não é a minha.

24 julho 2008

Lisboa versus Porto



No outro dia passei por aquele fantástico canal denominado Porto Canal e parei para ver um debate de um programa chamado TGV. E não é que aquele programa se dedica exclusivamente sobre a diferença entre Lisboa e o Porto? Só isso prova o provincianismo de algumas mentes da segunda cidade do País. Pelo que percebi, aquele era o último programa e um balanço do que foi dito ao longo de meses. Fiquei a compreender que muitos portuenses continuam com aquele trauma e complexo de não serem a capital e que se acham muito desfavorecidos em relação a Lisboa. Pior: acham que são os porta-vozes de todas as regiões de Portugal "subjugadas" por Lisboa. É preciso dizer que a Área Metropolitana do Porto, e bem, é a que recebe mais dinheiro depois da de Lisboa e onde são feitos mais investimentos, depois da Área Metropolitana de Lisboa. Que deveriam ter vergonha na cara por se acharem desfavorecidos, quando Trás-os-Montes e o Alentejo são as regiões mais pobres do País e que têm muito menos voz que a Área Metropolitana do Porto. E não se queiram comparar à região da capital que tem quase três milhões de pessoas (a do Porto tem cerca de 1 milhão). É óbvio que a Grande Lisboa tem mais investimentos, afinal de contas vive aqui quase 1/3 da população portuguesa. É óbvio que a capital de um país tem de ter mais investimentos do Estado e também de privados. É assim em todos os países: Paris, Londres, Berlim, Roma , Bruxelas e até mesmo Madrid, apesar de Barcelona ter tido um enorme desenvolvimento. As segundas cidades têm sempre um papel secundário nos países europeus. Isso não é nenhum desprimor para as respectivas... Se gastassem mais energias a cuidar do que é seu em vez de as gastar a chorar com a comparação com Lisboa, talvez o Porto evoluísse um pouco mais, sobretudo nas mentalidades, que ainda é muitas vezes primária e muito pouco cosmopolita e europeia. Por mim, gosto muito de ir passear ao Porto e acho muita piada aos seus cidadãos, mas a maior diferença que encontro nem é nos investimentos do Estado, é mesmo na maneira retrógada como ainda pensam.

Gosto


Uma das músicas mais ouvidas nos últimos tempos na rádio portuguesa. Agradável e bastante melodiosa.

13 julho 2008

50 euros mal gastos...


Há uma semana comprei a nova box da Zon (TV Cabo), aquela que permite ver canais de alta definição. A desilusão foi mais que muita. Em primeiro lugar só tem dois canais de alta definição, o MOV (de filmes e séries) e o National Geographic (que nem sequer tem legendas em português, como o canal analógico que já dispunhamos). O outro canal em alta definição é a Sport TV, que como todos sabem é pago à parte. A definição dos outros 80 canais é igual à que tinha na box antiga. Depois há a desilusão de não se poder alugar filmes (só a partir de Setembro). Mas o pior para mim nem é isso. É que não é possível ordenar os canais como queremos. Há a possibilidade de fazer listas de favoritos, mas pela ordem que a Zon no impõe. Acho isto um atentado à liberdade do cliente. Eu, por exemplo, gosto de ter a RTPN a seguir à SIC Notícias e de meter os canais infantis depois dos de filmes e séries. E não é possível fazer isso com a nova box. Primeiro que chegue ao AXN tenho de percorrer uns 30 canais. Cheguei à conclusão que fiz a pior compra dos últimos tempos... Além deste inconveniente o layout da nova box parece-me pior que o anterior e não permite saltar de 10 em 10 canais como na anterior box. A única coisa positiva é ver o MOV com boa qualidade de imagem. Mas isso não basta para valer a pena trocar a antiga box pela nova.

08 julho 2008

Incêndio na Avenida da Liberdade


Há coisas que não entendo. Uma delas é a possibilidade de os proprietários de prédios devolutos poderem esperar que o resto das paredes caiam para poderem fazer especulação imobiliária. Não aprendemos nada com o incêndio do Chiado? Mudem a lei. Se o proprietário não tem dinheiro para recuperar um edifício antigo, a câmara municipal fica com o edifício por um preço razoável. Se houver algum acidente antes da passagem para o município, o proprietário fica automaticamente sem direito a um tostão e o edifício fica logo a ser propriedade camarária. Ninguém tem o direito, mesmo os proprietários, de deixar edifícios cair para ser mais fácil fazer dinheiro em zonas históricas. Já bastou o terramoto de 1755 e de termos tido Abecassis a governar a cidade. Há que a recuperar todos os edifícios antigos de Lisboa e não deixá-los cair ou deitá-los abaixo para construir mamarrachos modernos nas zonas nobres. Que façam "caixotes" lá para Massamá ou para o Seixal, que as pessoas desses sítios já estão habituadas... O incêndio de anteontem na Avenida da Liberdade é mais um sintoma da desertificação do centro de Lisboa e também está ligado ao meu post anterior. Se não há gente a viver nas zonas antigas, o comércio não abre... Se o comércio não abre também não há gente que se desloque a esses locais. É uma pescadnha de rabo na boca... Eu começaria com a obrigatoriedade de abrir o comério todos os dias e com horários alargados por quotas. Com o tempo as pessoas voltavam a viver no centro. Mas o incêndio na mais importante avenida do País, foi apenas mais uma facada que deram à mais bela cidade do mundo.

Domingo em Lisboa


Quem me conhece sabe que eu trabalho na Avenida da Liberdade, junto ao Marquês de Pombal, na nossa maravilhosa capital (sim, eu amo Lisboa como é impossível amar mais). Este domingo trabalhei (coisa nada aconselhável). Pior. Tive de ir trabalhar às 10.30 "de la matina". Mas pior que ter de ir trabalhar a um domingo de manhã, é encontrar um sítio para almoçar a um domingo na zona do Marquês de Pombal. O único restaurante aberto é um chinês e o centro comercial por baixo do Palácio Sottomayor. Não, não é para acreditar, o tal centro comercial tem um único snack-bar aberto aos domingos. Todos os outros estão fechados assim como as lojas nos andares de cima. Sim, é um centro comercial que fecha ao domingo, excepto um banal snack-bar que só vende lasanha (lasagna se escrito à italiana) de carne de vaca e de frango! Que as lojas fecham todas ao domingo (que é uma estupidez tamanha!), já se sabia, agora haver um centro comercial que apenas tem um dos seus espaços abertos, nunca tinha visto! Acabem depressa com esta coisa de se fechar ao domingo. Porra, estamos na capital de um país europeu! Qualquer estabelecimento comercial, do quiosque da esquina até uma marca multinacional devem estar TODOS os dias abertos. É que já ninguém usa os domingos para ir à missa e já ninguém considera os domingos um dis do tal senhor que foi crucificado na cruz há cerca de 2000 mil anos. A vida das pessoas mudou. Se os comerciantes não entendem isso, então dediquem-se a outra actividade, como por exemplo cavar batatas numa qualquer aldeia de Trás-os-Montes. O comércio tem de ser obrigado a abrir todos os dias, de preferência com horários alargados. Sim, porque também não se entende, numa época em que se vive cada vez mais à noite, que haja meia dúzia de coisas abertas durante a madrugada. Acordem, já estamos no século XXI há oito anos!

Foto: Para quem não sabe, a imagem é do Palácio Sottomayor, que tem um centro comercial em baixo.

02 julho 2008

Nasceu um novo blogue

Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse. É um blogue de quatro amigos, no qual estou incluído. Apareçam e opinem.