28 maio 2008

Novo desafio


Acaba uma etapa... começa outra.

25 maio 2008

Não foi mau de todo



Ok, não ganhou, mas com este sistema de votação... dificilmente um país ocidental volta a vencer o Eurofestival da Canção. Mais uma vez a vitória foi para um país de Leste. Ficámos em 13.º lugar em 43 países, o que até não foi nada mau. Em cima está uma das minhas músicas favoritas deste ano: a de Israel.

23 maio 2008

Portugal na final





Após alguns anos sem lá ir, voltámos a estar presentes na final do Eurofestival da Canção. A nossa Vânia teve uma actuação impecável e a música é muito boa, ao contráro daquela que levámos o ano passado... Este ano temos algumas hipóteses de ficar nos primeiros lugares, já que as canções dos outros países europeus parecem-me bastante mázinhas. Mas como o voto é das pessoas e elas costumam votar nos países vizinhos... nunca se sabe. Sábado é o dia da grande final, por isso: Boa sorte Vânia!

Participantes da final: Portugal, Dinamarca, Croácia, Ucrânia, Islândia, Suécia, Turquia, Letónia, Geórgia, Grécia, Roménia, Bósnia-Herzegovina, Finlândia, Rússia, Israel, Azerbaijão, Arménia, Polónia, Noruega, Espanha, Alemanha, Reino Unido, França e Sérvia

21 maio 2008

10 anos depois...





Faz hoje 10 anos que abriu oficialmente a Expo'98, o maior acontecimento internacional que alguma vez Portugal tinha visto. Durante 4 meses e 10 dias, Lisboa foi o centro do mundo e a cidade passou definitivamente a estar na moda. Em 10 anos, a cidade-capital triplicou o número de turistas e abriu portas a que outros acontecimentos europeus e mundiais passassem por aqui. De uma zona degradada, a zona oriental de Lisboa tornou-se em mais um cartão de visita do nosso país. Ao ver este vídeo e ouvir esta música, confesso que fiquei com o nó na garganta.

Tinha eu 23 anos quando tive a honra de participar neste evento histórico no Pavilhão do ICEP. Ficava em frente ao pavilhão dos Açores e ao lado do de Timor Leste. Durante 4 meses trabalhei lá para divulgar o Turismo de Portugal, como relações públicas daquele pavilhão. Todos os dias fui com um sorriso na cara e na alma, andava eu no quarto ano da faculdade (claro que não fui um único dia às aulas durante a exposição). Numa semana estava no turno da manhã e na outra no de tarde. De manhã, tinha de entrar antes do horário dos visitantes e à hora certa ouvia sempre esta música da Expo e uma voz a dar as boas vindas aos visitantes em três línguas. Vi dezenas de concertos à noite, visitei todos os pavilhões, tanto os temáticos como os dos países representados. Tinha o famoso passaporte e foi todo carimbado. Muitas vezes fui ao bar Bugix, onde se dançava em cima das mesas. Já ouvi pessoas diferentes a dizerem que foram elas a iniciar esta prática, mas desconfio que fomos mesmo nós, os do grupo do ICEP. A verdade é que todos nós sentimos que fizemos História. Viveu-se um clima de festa constante, com Olharapos, vulcões de água, concertos na Praça Sony, o teleférico, o desfile da Peregrinação, o Acqua Matrix, o Pavilhão dos Oceanos, o Pavilhão da Utopia (agora chamado de Atlântico), da Realidade Virtual etc, etc.

Hoje aquela zona já não me diz muito. Aquele espírito festivo obviamente acabou. Nesse ano sentimos todos um orgulho enorme em sermos portugueses e lisboetas. Todos os países nos aplaudiram. Comemorámos os 500 anos da chegada de Vasco da Gama à Índia com uma esposição mundial dedicada aos oceanos. Há um Portugal antes e depois de 1998, tal como há um antes e depois do 25 de Abril. Em 1998 soubemos que podiamos ser tão bons ou melhores que os outros países. Que sabiamos organizar impecavelmente qualquer coisa. Passámos a gostar mais de nós próprios e isso em termos de mentalidade mudou muita coisa. Se em 1986 passámos a pertencer à Europa política, em 1998 passámos a pertencer ao mundo desenvolvido. Era isso que nos ia na alma e que tem perdurado com altos e baixos. Lisboa passou a ser uma cidade moderna, europeia e desenvolvida, que respeita o seu passado e olha com confiança para o futuro. 10 anos depois houve algumas desilusões, mesmo no recinto da Expo. Mas nada voltou a ser igual à época antes de 1998.

E o último dia? Em que entrou um número recorde de visitantes? Milhares e milhares de pessoas a cantarem o hino nacional em uníssono e a gritar Portugal, Portugal, Portugal... Confesso que nessa noite chorei...

17 maio 2008

16 maio 2008

Há dias assim

Imagens de Portugal (17)


Convento de Mafra, feito com dinheiro do ouro vindo do Brasil, durante o reinado de D. João V, no século XVIII. É o maior monumento nacional e um dos maiores da Europa.
Foto de Paulo Gonçalves, retirada do sítio TrekEarth.

Hipocrisia e demagogia dos media


Há dois dias o Público, Correio da Manhã e 24 Horas deram grande destaque nas suas primeiras páginas por Sócrates ter fumado a bordo do avião da TAP. Um deles até dizia qualquer coisa como isto: "Sócrates não cumpre lei que impôs aos portugueses". Em primeiro lugar tenho dúvidas que a lei anti-tabaco de Sócrates tenha de ser cumprida no meio do Oceano Atlântico a não sei quantos pés de altitude. Acho que ele apenas não cumpriu a lei internacional que não permite fumar a bordo de aviões. Mas isso até é o menos idiota. Completamente estúpido é a comunicação social ter dado tanta importância a um fait-divers, que levou o primeiro-ministro a pedir desculpa (o que também é disparatado, diga-se). Se os jornalistas dos referidos jornais e dos vários canais de televisão acham que fizeram um grande serviço à Pátria com esta notícia (?) estamos mal. Mas aí também não há nada de novo. Para o Governo se calhar até foi bom... fez esquecer que os combustíveis aumentaram pela 15.ª vez este ano...

12 maio 2008

Fantásticos


Vi-os em Faro, antes do concerto principal. A alegria deste grupo no que fazem e a sonoridade dos tambores fazem arrepiar a espinha. Adorei ver os 'Tocárufar' ao vivo.

08 maio 2008

Aqui vou eu para o Algarve


Esta noite jantar e concerto em Faro e o resto dos dias até domingo no Alvor.

Jornalismo de referência


Esta semana um grande amigo meu, também jornalista mas de outra publicação, questionava se o DN continuava a ser um jornal de referência. Isto depois de termos falado sobre o aumento de vendas do DN, que ultrapassou o Público, após seis anos. Ele dizia aquilo que alguns dizem sem pensar e, sobretudo, sem analisar devidamente a questão: que o DN pertencia agora ao segmento dos jornais populares, tendo deixado de ser de referência e que o Público estava no seu segmento sozinho. Nada mais disparatado. No que toca ao aumento de vendas do DN, que ele também questionava a sua veracidade (como se o DN pudesse mentir sobre os números. Não é o jornal que os fornece. Além disso são auditados da mesma forma para todas as publicações...), é fácil explicar a subida rápida em apenas um ano: competência.

Basta comparar o DN do início de 2007, ainda liderado por outro director, e o DN dos dias de hoje, liderado por João Marcelino, e reparar nas abissais diferenças. Uns dirão: "sim, agora dão crimes". E é verdade. E ainda bem que o DN noticia crimes, também eles fazem parte do nosso quotidiano. Mas além de crimes o DN dá notícias suas, tem os jornalistas nas ruas a fazer reportagens, outros fazem investigação, tem excelentes entrevistas e ainda marca a agenda nacional com as suas manchetes. Pouco ou nada disto acontecia no início do ano passado. O DN há pouco mais de um ano era irrelevante e por isso não era comprado. (Quem esteja a ler até pode pensar: "bem... este gajo deve estar a dar graxa ao director". Falso! O director não sabe quem é o autor deste blogue e que eu saiba nem o lê.) Como todas as pessoas que carregam nos "R", João Marcelino é inteligente e, saindo do Correio da Manhã, obviamente, não iria criar um outro CM no DN. Colocou a sua experiência (de vencedor) ao serviço do mais antigo jornal generalista nacional. Colocou os jornalistas nos lugares certos, fez mudanças editoriais e, sobretudo, lançou novos produtos dentro do próprio jornal. E tem outra vantagem: trabalha no jornal. Não está quase todos os dias a fazer de comentador num canal noticioso, como acontecia anteriormente, e que levou o DN à irrelevância. Aliás, com os louros que hoje estão à vista de toda a gente: chegou a director televisivo...

Por outro lado, os jornalistas do DN são maioritariamente os mesmos que estavam antes da sua entrada na empresa. Os tais que o meu amigo achava de referência antes de Marcelino e que agora acha populares depois da entrada de Marcelino. Nenhum eles mudou a sua forma de escrever. Sim, porque as notícias não são populares ou de referência. A forma como se escreve, e é apresentada, é que pode ser popular ou de referência. E isso não mudou. Por vezes cometem-se erros? Claro que sim, todas as publicações os fazem. Às vezes é inevitável num jornal diário e feito lutando contra o tempo. Mas comparem o DN de Janeiro de 2007 e o de agora. Vejam as secções, analisem as reportagens, os temas destacados, a quantidade de notícias dadas, as rubricas, a opinião. O DN ganhou vida. É hoje um jornal muito mais bem feito do que era. Ganhou suplementos como o DN Sport, o DN Gente e aproximou os leitores do suplemento de Economia, agora chamado de DN Bolsa. E ainda aumentou o jornal de domingo para 80 páginas com rubricas completamente originais. Nas revistas criou a DN Televisão, hoje Notícias TV, melhorou as revistas Notícias Sábado e Notícias Magazine. Em pouco tempo haverá um site do DN renovado e novos suplementos deverão estar na calha. Em apenas um ano, mudou quase tudo... e tudo feito utilizando a "prata da casa". O homem é um génio? Não sei. Sei que o panorama da imprensa portuguesa ganhou porque tem um DN mais forte e competitivo no mercado.

E isto é apenas o princípio. O mais antigo jornal de referência do País será, cada vez mais, também o jornal da preferência dos leitores portugueses. Não tenho a menor dúvida. Quanto ao Público... penso que perdeu o gás depois da última renovação gráfica. Deixou de dar verdadeiras manchetes que marquem a agenda nacional, menosprezou as secções Media e Desporto, ficou cinzento (apesar de ter cor nas suas páginas) e atirou uma das suas imagens de marca para o fim do jornal: a Opinião. Depois tem um director conservador e uma redacção progressista, o que dá azo a todo o tipo de incongruências editoriais. Graficamente ficou confuso e o leitor já não sabe onde encontrar o quê... Salva-se o suplemento P2, que mesmo assim é muito irregular. Ainda assim é um bom jornal, onde se encontram alguns artigos interessantes e com alguma profundidade. Pena que tenha deixado de inovar e surpreender. Está a ficar um resumo do que as televisões deram no dia anterior, à semelhança do Expresso, que resume nas suas páginas os acontecimentos da semana (talvez por isso, a Visão já seja o semanário mais lido pelos portugueses...). Mas como em tudo, é uma questão de hábito. As pessoas compram o Expresso porque se habituaram a fazê-lo, nem vêem a primeira página. E é também isso que vai salvando o Público... É isso a referência?

07 maio 2008

Apenas disse o que todos pensam


"Bob Geldof disse esta terça-feira em Lisboa que «Angola é gerida por criminosos. Em reacção, a embaixada do país africano na capital portuguesa repudiou as declarações proferidas pelo músico e activista numa conferência.
«Face às afirmações injuriosas sobre a República de Angola e seus dirigentes hoje proferidas pelo Senhor Bob Geldof, no decurso de uma conferência sobre desenvolvimento sustentável organizada pelo jornal Expresso e pelo Banco Espírito Santo, vem esta Embaixada manifestar o seu total repúdio pelo conteúdo das mesmas», adiantou a representação diplomática angolana num comunicado citado pela agência Lusa
Bob Geldof falava esta manhã no Hotel Pestana Palace, em Lisboa, na conferência sobre Desenvolvimento Sustentável, organizada pelo Banco Espírito Santo e semanário Expresso, dedicando uma intervenção de cerca de vinte minutos ao tema «Fazer a diferença».
«Angola é gerida por criminosos», acusou o organizador do Live Aid e Live 8. «As casas mais ricas do mundo do mundo estão [a ser construídas] na baía de Luanda, são mais caras do que em Chelsea e Park Lane», apontou, estabelecendo como comparação estes dois bairros caro da capital inglesa." Notícia Portugal Diário.

04 maio 2008

Já nem os bancos dão crédito ao PPD (PSD)


"A coima aplicada ao PSD no âmbito de um financiamento ilegal realizado pela empresa Somague poderá ser paga até 2010, em quatro prestações, sem juros. O presidente do Tribunal Constitucional foi sensível aos argumentos de que o partido se encontra mal financeiramente e sem hipótese de conseguir crédito junto da banca. Os restantes condenados no processo tiveram dez dias para liquidar a coima e já o fizeram." Notícia Público online

O senhor Carneiro deve estar a dar umas enormes voltas à tumba se souber o que se está a passar no partido que fundou...

01 maio 2008

Maravilhas...


Há locais em Portugal que são mágicos. Nós, que cá vivemos, já nem lhes damos grande importância. Às vezes têm de ser os estrangeiros que nos abrem os olhos para valorizar o que é nosso. O Palácio da Pena, em Sintra, com a envolvente da serra, é um daqueles locais do mundo que nos fazem transportar rapidamente ao que poderíamos chamar Paraíso. Quando passeares pelas ruas da tua cidade, experimenta olhar para os edifícios com olhos de turista. De certeza que vais dar muito mais valor à tua terra...

Foto de Ana Rita Neves, retirada do sítio TrekEarth.

I miss New York...


Hoje fui jantar a casa de amigos e parte da conversa da noite foi falar sobre Nova Iorque. Uma amiga dos meus amigos tinha chegado de lá esta manhã. Por coincidência, há pouco mais de um mês fez 10 anos que lá estive. Foi bom recordar aqueles 8 dias em que conheci uma das mais fantásticas cidades do mundo, em que parece estarmos dentro de um filme 24 horas por dia. Onde as pessoas são simpáticas e tudo parece funcionar bem. Com museus fabulosos e avenidas feitas para os cidadãos... Apesar da brutalidade do seu tamanho, com uma escala enorme, a cidade é surpreendentemente humana. I miss New York...