Foi hoje inaugurado o último troço da A25, substituindo de vez o IP5. É preciso lembrar que a "estrada da morte" foi lançada pelo actual Presidente da República Cavaco Silva, numa altura em que já se sabia que esta via estaria obsoleta na data da sua inauguração (1987). O IP5 matou mais de 400 pessoas, muito por causa da má condução dos portugueses, mas também em boa parte porque esta estrada foi mal concebida. O governo de António Guterres lançou a transformação do IP5 numa auto-estrada, cinco anos depois está pronta em todo o seu traçado, desde Aveiro até à fronteira com Espanha, em Vilar Formoso.
Quando vivia em Bruxelas, fazia grande parte do troço do IP5 e lembro-me do meu pai se queixar das curvas apertadas, dos "relevés" ao contrário, das subidas e descidas íngremes. Só havia descanso quando se entrava em Espanha, apesar de, na época (início dos anos 90) ser uma básica estrada nacional castelhana. Nunca mais passei pelo IP5 e não conheço a nova A25, mas quero acreditar que esta nova via está bem feita. A ser assim, o dia de hoje é certamente um marco para a melhoria da segurança rodoviária no País. E convém que os governos aprendam a lição: IP's e IC's com uma faixa de cada lado não servem ninguém e apenas provocam acidentes, muitas vezes fatais.
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