21 abril 2007

Nem mais!


"Engenheiro
2 Engenheiros diplomados no final da obra. Foi nesta ocasião que os jornais descobriram que o primeiro-ministro não é engenheiro. Num país onde as obras de engenharia nunca terminam nos prazos, custam o dobro, ou o triplo, ou o décimo do orçamentado, deram origem a exemplares tão brilhantes como a engenharia civil do Algueirão-Mem Martins, Armação de Pêra, Espinho, o IP4, o IC 19, o túnel do Rossio, engenheiro e empreiteiro deviam ser palavras de insulto, mas parece que não. Se o Carmona Rodrigues é professor engenheiro e o Alberto Jardim faz engenharia financeira, os licenciados em engenharia deviam esconder os diplomas entre a pele da barriga e as cuecas, onde os membros do Opus Dei escondem o cilício da mortificação.

Universidade Independente
Não me parecia pior que outras e servia exactamente para o mesmo: passar diplomas a quem deles necessita para melhorar a vida. Há uns anos davam-se diplomas da quarta classe por favor a analfabetos para tirar a carta de condução ou arranjar emprego nas câmaras municipais. Hoje é necessário um canudo universitário. Para o fim a que se destina o diploma, tanto faz sair licenciado em Relações Internacionais, em ciências comunicacionais e marketing, em teologia, magnetismo pessoal, ou engenharia municipal. O que os alunos querem é um papel timbrado para arranjarem um empregozito diante de uma secretária a mexerem nuns papéis ao abrigo de responsabilidades e outras intempéries. O que for para fazer compra-se feito a quem saiba fazê-lo."
Carlos de Matos Gomes

Textos retirados do blogue Avenida da Liberdade

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