10 fevereiro 2007

Catolicismo


Cada vez mais me convenço que um dos grandes males de Portugal é ser ainda dominado pela Igreja Católica. Uma religião, tal como todas as outras, que atrofia o pensamento livre, que pretende impôr uma moral do passado, que limita o cidadão comum. Já nem falo dos crimes cometidos ao longo de séculos. O que mais me indigna no catolicismo são as ideias retrógadas que divulgam em pleno século XXI. Uso do preservativo, interrupção voluntária da gravidez, casamento entre homossexuais, eutanásia ou até mesmo o papel das mulheres na sociedade... são apenas alguns dos temas em que o Vaticano tem ideias desfasadas da realidade dos nossos dias. O pior é que o seu peso na sociedade portuguesa ainda é demasiado grande. Não entendo como pessoas inteligentes e racionais podem seguir determinados valores católicos e que os defendam publicamente. Não entendo como um Estado que se diz laico convida membros eclesiásticos para determinadas inaugurações e que figurem no protocolo de Estado. Eu tive uma educação católica, fui baptizado, fui à catequese, ia à missa todos os domingos até aos meus 8 anos, fiz a primeira comunhão... Sei perfeitamente o que é a Igreja Católica e como actua perante os seus fiéis. A partir da minha adolescência comecei a afastar-me e a pôr tudo aquilo em causa. Maria, mãe de Jesus, era virgem? Jesus fazia milagres? Jesus ressuscitou? Existe Céu e Inferno? Existe Diabo? Comecei a fazer estas perguntas a mim próprio com uns 13, 14 anos. E cheguei à conclusão que nada disto fazia sentido. Afastei-me definitivamente da Igreja. Depois comecei a perceber que o Vaticano não passa de um Estado que tenta controlar os povos que se afirmam católicos e que tenta impôr as suas "verdades". Comecei a ouvir falar de Opus Dei e da desgraça que ela representa nas nossas sociedades. Cheguei à conclusão que a Igreja é mais um Mal que um Bem. E tornei-me agnóstico. Duvido que exista um Deus, mas também não nego a sua existência. Claro que respeito a fé de cada um, mas não entendo como se pode acreditar em tantos disparates, inventados pelas próprias religiões. Mas o importante é que as pessoas comecem a pensar, cada vez mais, pelas suas próprias cabeças e deixem de ser influenciadas pela religião católica ou por qualquer outra... É claro que a maioria dos valores ocidentais têm uma matriz cristã, seja ela católica ou protestante, mas para distinguir o Bem do Mal, o que está Certo e o que está Errado, não é necessário seguir uma fé, seja ela qual for. Não podemos deixar que a Igreja Católica continue a dominar as mentes dos portugueses, porque isso faz de nós um país mais atrasado em termos de mentalidade e costumes. O desenvolvimento de um país não está no número de auto-estradas ou centros comerciais, está na forma como funciona o cérebro de cada uma das pessoas que compõem a sociedade.

2 comentários:

Anónimo disse...

E viva o Papa...

Anónimo disse...

Excelente como sempre Tiago!