09 fevereiro 2007

Um dia perfeito em Lisboa


Por desafio de um amigo aqui descrevo um dia perfeito na minha cidade-capital:

Desde que comecei a ir para a escola, considero o sábado o melhor dia da semana. A época do ano poderá ser fim da Primavera ou início de Verão. Acordar nunca antes das 11h, arranjar-me e sair de casa para comer qualquer coisa. Como moro na Lapa, vou até ao Jardim da Estrela a um café que lá existe, não sem antes comprar um ou dois jornais num quiosque. Ali é interessante observar os avós a brincar com os seus netos ou turistas espantados com a monumentalidade da basílica. Depois é só apanhar o eléctrico 28 e ir até à Baixa para dar uma volta. Não há vez nenhuma em não fique maravilhado com aquele legado deixado por Marquês de Pombal. Para almoçar algo leve (detesto comer muito ao almoço) o difícil é escolher, já que tenho vários sítios que adoro. Podia ir até ao Museu de Arte Antiga, ao Noobai na Bica, à Fundação Calouste Gulbenkian... mas hoje decido subir a colina do castelo e vou até ao Chapitô. O ambiente naquela escola de circo é sempre engraçado. Durante a tarde podia ir até Belém ou à Expo, mas não. Aos fins-de-semana esses locais são de fugir! Já que estou em Alfama, subo mais um pouco e entro no castelo para me maravilhar pela enésima vez com uma das vistas mais belas em todo o mundo. Ao descer, passo pela Sé e entro para me refrescar. Depois atravesso a Baixa e subo ao Chiado, desta vez pelo Elevador de Santa Justa. Mais uma vista deslumbrante! Saio pelo Largo do Carmo e vou até ao café do Centro Nacional de Cultura, com a sua fantástica vista para o Teatro São Carlos e para a torre da igreja. O Chiado é provavelmente a zona mais civilizada de Portugal inteiro. Já que ali estou entro no Museu de Arte Contemporânea, mesmo em frente ao hospital onde nasci. Quando saio já são horas de jantar. Nada melhor que ir a uma tasca lisboeta. Neste sábado vou à Barroca, no Bairro Alto comer umas deliciosas febras com umas muito caseiras batatas fritas e salada excelentemente temperada. Quando saio já o Bairro está a encher de gente. Majong, Maria Caxuxa, Tertúlia, Páginas Tantas... há muito por onde escolher. A noite pode acabar no Lux, mas não. Estou farto daquilo e cada vez gosto menos de noitadas. Volto a casa a pé e decido que no dia seguinte vou até à praia...

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