«Oito pessoas morreram durante um tiroteio numa favela da zona Oeste do Rio de Janeiro, entre elas um menino de quatro anos e um polícia civil, divulgou a imprensa local. O garoto chegou a ser levado a um hospital, mas não resistiu ao tiro que levou no coração. Os outros seis mortos são suspeitos de envolvimento com o tráfico de drogas. O confronto entre polícias civis e traficantes na favela da Coréia deixou ainda ferida uma criança de 10 anos e o delegado da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), Rodrigo Oliveira. O tiroteio ocorreu durante uma operação que mobilizou cerca de 300 polícias e contou com carros blindados e helicópteros. O objectivo da operação era desactivar um depósito de drogas e armas na favela. O medo levou os comerciantes a fecharem as lojas e populares a se esconderem nas casas. Os polícias apreenderam uma metralhadora, cinco fuzis e quatro pistolas.Um suspeito foi preso.»
Notícia retirada do sítio Diário Digital.
Já perceberam por que eles preferem servir-nos nos restaurantes e cafés?
2 comentários:
O que percebo pela transcrição é a absoluta incapacidade de análise crítica do subscritor. A absoluta incapacidade de efetivamente realizar um vínculo real entre a violência urbana e a imigração. Infelizmente, o Rio de Janeiro é uma cidade cujos cidadãos padecem com a violência das ruas e os governantes ainda não encontraram um instrumento eficaz de combate à criminalidade (grande parte das armas que entram ilegalmente no Brasil é proveniente da Europa, que aufere lucros astronômicos com a venda ilegal). Contudo, a criminalidade não está restrita aos países em desenvolvimento, valendo lembrar que o Brasil é a 10a economia do mundo, com previsão, segundo a Ernest & Young, de até 2020 ter um crescimento do PIB superior à média mundial, enquanto Portugal teve um déficit de transações correntes de 9,2% do PIB e déficit orçamentário de 4,6% do PIB em 2006 - absolutamente estagnado em termos econômicos.
Há menos de um mês minha irmã teve sua residência invadida em Covilhã e seu notebook foi substraído possivelmente por um morador do mesmo prédio. Isto também é violência. Do mesmo modo, enquanto a polícia lusitana vem há muito tentando descobrir o paradeiro da menina Madeleine, a polícia brasileira vem participando ativamente no desbaratamento de redes de pedofilia que culminaram com prisões de vários criminosos.
Estou certa de que os brasileiros que se mudam para Portugal o fazem não pela violência do Brasil, tampouco para servir os portugueses em bares e cafés. Mas o comentário publicado após a transcrição da trágica notícia me fez perceber porque minha irmã, embora esteja fazendo doutorado em Portugal, tem um orientadora russa. É de se lastimar o comentário do subscritor do blog.
Se quer comparar uma chacina com vários mortos no Rio de Janeiro com um assalto a uma casa na Covilhã, algo que acontece em todos os locais do mundo... noto que a sua análise é que está errada. As grandes cidades do Brasil são conhecidas por serem as mais violentas do nosso planeta e isso é um facto inquestionável. Quanto ao déficit de Portugal ele já baixou para 3% do PIB este ano. Ainda assim, Portugal tem muito melhores condições de vida que o Brasil e é mesmo o 18.º melhor do mundo, como aqui já referi, após um estudo do Reino Unido. E é verdade que existem muitos brasileiros que vêm para Portugal para fugir à violência do seu país. Conheci um brasileiro, que após 10 anos a viver em Portugal, aqui casou e teve um filho. Voltou ao Rio de Janeiro de férias e foi assaltado dentro do carro por um gangue num túnel, a mulher foi roubada na rua e viu pessoas a urinar nas bancadas do Maracanã durante um jogo de futebol. Jurou a si próprio que nunca mais voltaria a viver no Brasil por causa da insegurança e falta de civismo dos cariocas. Eu não escrevi o que escrevi por falta de evidências. Sei do que falo. Cordiais saudações aqui da Europa
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