José Sócrates e Mário Lino anunciaram que o novo aeroporto internacional de Lisboa vai para o concelho do Montijo, no local do denominado Campo de Tiro de Alcochete (que teve este nome devido a um maçon que tinha uma mulher nascida em Alcochete, e o seu marido quis fazer-lhe uma homenagem). Era óbvio para todos, apesar de não sermos técnicos, que a Ota era uma má solução. Não podia ser aumentado, ficava encravado entre uma auto-estrada e um monte, ficava muito longe de Lisboa e retirava importância ao aeroporto do Porto. Já o aeroporto na Margem Sul do Tejo tem espaço para ser aumentado no futuro, obriga à construção de uma ponte rodo-ferroviária entre Lisboa e o Barreiro (essencial para a Área Metropolitana de Lisboa) e vai retirar importância ao futuro aeroporto de Badajoz. O que eu não entendo é porque teve de ser uma instituição fora do Estado, a CIP, que teve de fazer o trabalhinho todo. Não era obrigação do Governo ter estudado todas as hipóteses e depois escolher a melhor? Este Governo e os anteriores, demitiram-se da sua função. Por acaso tivemos a sorte de haver uma CIP que fez um estudo, que nem era sua obrigação, tendo ou não a CIP interesse próprio nesta solução. Aqui critico, e muito, o Governo. Deviam ter feito estudos em todos os locais e não apenas entre a Ota e Rio Frio.
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